9.7.13

Evolução do Calendário Romano




O Calendário de Rómulo durou de ca. 753 aC até a 713 aC. Tinha só dez meses e o equinócio da primavera no primeiro; consistia em 304 dias.




Numa Pompilius, o segundo dos sete reis tradicionais de Roma, empreendeu uma reforma no calendário por volta do ano de 713 aC.



Em 46 aC, Júlio César reforma o calendário romano que perdura até hoje, ainda que tenha sofrido pequenas alterações na Idade Média.

A alteração dos nomes do quinto e do sexto meses, Junho e Agosto, em honra dos dois imperadores, Júlio César e Augusto, respectivamente, só foi realizada alguns anos mais tarde.

Alguns imperadores, nos séculos seguintes, conseguiram alterar os nomes de alguns meses, ainda que o Senado tenha chumbado as propostas de outros.


Calendário Juliano




Um método que os romanos usavam para identificar um ano, para poderem fazer uma datação, era darem-lhe o nome dos dois cônsules que estavam no poder nesses anos. Esses eram, assim, os anos consulares. Desde 153 aC que eles tomavam posse a 1 de Janeiro. O ano 525 dC, por exemplo, era, em linguagem romana, o ano do consulado de Probus Junior.

Outro método de datação, embora mais raro e usado apenas pelos historiadores romanos para grandes períodos de tempo, e não anos, era o de iniciar a contagem a partir de 753 aC, a data da fundação de Roma. O ano 1 Ab Urbe Condita é o ano "da fundação da cidade". 




Dionisius Exiguus, ou Dionísio Exíguo (pequeno), (ca. 470-ca. 544), foi um monge que criou o Anno Domini, o nosso depois de Cristo.

Na verdade, o esquema dele seria apenas para identificar as várias Páscoas na sua tabela, mas chegou a afirmar que o tal ano do consulado de Probus Junior estava 525 anos depois da encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo.

É incerto como chegou a este cálculo, mas há provas do sistema que usou, pois o principal objectivo dele era substituir os anos dioclecianos (do imperador homónimo) na tabela das Páscoas que era entretanto usada.

Apesar de Dionísio ter sido o primeiro a usá-lo, não como um número mas como uma palavra (nulla), o ano zero não existe no sistema Anno Domini que é usado no calendário gregoriano.

Assim, o terceiro milénio começou no dia 1 de Janeiro de 2001 e não em 2000, como eu me fartei de gritar na noite de 31 de Dezembro de 1999, mas ninguém no Terreiro do Paço me quis ouvir.

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